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Wine Intelligence lista as tendências para o vinho em 2021

O ano de 2020 e a pandemia do Coronavírus trouxeram dificuldades e surpresas para o mercado global de vinhos.  Para 2021, espera-se que o fim das restrições aos hotéis, bares e restaurantes possibilite a recuperação do consumo de vinho nos principais mercados. No entanto, esta deverá ser uma retomada gradual e fragmentada, com o provável restabelecimento do consumo pré-pandemia até 2024. Para os gestores que estão se planejando para aproveitar esta retomada, a grande questão é saber até que ponto as tendências observadas durante a quarentena permanecerão após o seu fim.

E-commerce e engajamento digital

De acordo com a IWSR, em 2021 o e-commerce seguirá progredindo como um dos principais focos de investimento do mercado de bebidas, especialmente nos Estados Unidos, Brasil, China, Reino Unido e Austrália. Para aproveitar esta tendência, os gestores de marca deverão reavaliar o equilíbrio da sua distribuição de canais entre lojas físicas e virtuais.

No caso brasileiro, o mercado se destaca pelo já elevado nível de disseminação do canal online: segundo a Wine Intelligence, 30% dos consumidores regulares de vinho já utilizam as lojas virtuais para comprar o produto, enquanto 59% pretendem fazê-lo no futuro. Isto coloca o Brasil na terceira posição em números absolutos de consumidores online, somando 10,6 milhões de pessoas.

Novos formatos

Trancados em casa, os consumidores deram preferência aos formatos grandes de embalagem de vinho, mais especificamente o bag-in-box. Ao mesmo tempo, a quarentena também ampliou a aceitação das embalagens pequenas, principalmente as latinhas, que já vinham ganhando espaço nos últimos anos e aceleraram o ritmo das vendas em 2020.

Modernas, casuais, versáteis e sustentáveis, as latas têm atraído os jovens consumidores para a categoria do vinho – uma oportunidade que os principais gestores de marca vêm buscando há anos com pouco êxito. No Brasil, várias versões em lata surgiram no mercado em um curto espaço de tempo, inicialmente pela aposta de empresas ‘startup’ como Vivant, Lovin’ e Arya, seguidas posteriormente por grandes players como a chilena Santa Rita.

Sustentabilidade

Com a pandemia dominando o debate público, o foco de preocupação dos consumidores voltou-se para os temas da sustentabilidade e da saúde. O Coronavírus deixou um forte sentimento de fragilidade e vulnerabilidade às instabilidades do mundo natural entre as pessoas, mesmo nas mais avançadas das economias. Foram estas preocupações que impulsionaram os movimentos dos vinhos sustentáveis, orgânicos, biodinâmicos e de baixa intervenção nos últimos anos, principalmente nos mercados mais maduros.

Diante deste cenário, os principais gestores de marca vêm buscando conectar os seus produtos a atributos como autenticidade, bem-estar, proximidade e responsabilidade socioambiental.

Ocasiões mais amplas de consumo

Em muitos mercados, o e-commerce foi capaz de absorver parte considerável das perdas sofridas pelo on-trade na venda de vinhos, em boa medida pela excelente adaptação do produto ao canal virtual. Além disso, se por um lado a quarentena impediu o consumo da bebida em hotéis, bares e restaurantes, por outro ela ampliou as ocasiões de consumo em casa: mais tempo para cozinhar com a família, encontros online e uma taça para relaxar no final do dia.


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