De fato, nem todos eles nasceram entre as linhas que delimitam as fronteiras da capital pernambucana, contudo, de alguma forma estes maestros da escrita criaram vínculos profundos com estes arredores. Em retribuição aos responsáveis por darem vida a Severinos, Asa Branca e Macabéas, o Recife esbanja poesia visual com esculturas desses expoentes brasileiros, espalhadas por suas ruas e praças, convidando ao encontro com autores que seguem ensinando sobre como a justaposição entre palavras pode emocionar
CRÉDITO: Carlos Augusto
Capiba é o apelido de Lourenço da Fonseca Barbosa, reconhecido como um dos principais compositores do Estado de Pernambuco. Ao longo de sua trajetória contou com a colaboração de parceiros como Ariano Suassuna, Carlos Drummond de Andrade e Vinícius de Moraes.
Onde: Rua do Sol, às margens do Capibaribe, Santo Antônio
CRÉDITO: Inaldo Lins
Francisco de Assis França, o saudoso e inesquecível Chico Science, foi um dos mais importantes nomes do movimento manguebeat, deixando uma legião de fãs até os dias atuais. Uma das marcas de Science foi a introdução de ritmos nordestinos e do maracatu em suas músicas.
Onde: Rua da Moeda, Recife Antigo
CRÉDITO: Paulo Lopes
Não há como falar da música nordestina, sem citar o rei do baião, Luiz Gonzaga. Com seu hino Asa Branca (1947), o cantor e exímio instrumentista convidou o Brasil a dançar o baião, a reconhecer os sons da sanfona e zabumba, e aprender sobre a vida do nordestino.
Onde: Praça Visconde de Mauá, Estação Central do Recife
CRÉDITO: Carlos Augusto
Com sucessos em diferentes áreas, Antônio Maria se projetou como poeta, compositor e cronista. Na música, é dele em parceria com Fernando Lobo, a canção Ninguém me Ama, e como escritor contribuiu para os jornais O Globo e Última Hora.
Onde: Rua do Bom Jesus, bairro do Recife
CRÉDITO: Carlos Augusto
Falecido com pouco mais de 30 anos, Carlos Pena Filho, jornalista, advogado e poeta, teve tempo para ser chamado por Gilberto Freyre de pintor de palavras. A escultura encontra-se em frente a ex-sede do Diário do Pernambuco, para o qual Pena colaborou.
Onde: Praça da Independência, Santo Antônio
CRÉDITO: Paulo Lopes
João Cabral de Melo Neto era diplomata, mas como poeta e escritor compôs grandes textos para a literatura brasileira, caso de Pedra do Sono e Morte e Vida Severina. A excelência de sua obra, o levou a ser designado membro da Academia Brasileira de Letras.
Onde: Rua da Aurora, Boa Vista
CRÉDITO: Carlos Augusto
Nascido em 1897, Joaquim Cardozo foi poeta e engenheiro civil, o que lhe permitiu trabalhar com arquiteto Oscar Niemeyer. Na literatura teve onze livros publicados, entre eles, Poemas, com prefácio de Carlos Drummond de Andrade, e Poesias Completas.
Onde: ponte Maurício de Nassau, entre o bairro do Recife e Santo Antônio
CRÉDITO: Paulo Lopes
Sempre ligado à arte da escrita, Manuel Bandeira foi jornalista, cronista, professor e tradutor. Ao longo de sua carreira, publicou obras como Libertinagem, tornou-se membro da Academia Brasileira de Letras e embora não tenha ido, enviou o poema Sapos para ser apresentado durante a Semana de Arte de 1922.
Onde: Cais da Aurora
CRÉDITO: Carlos Augusto
Nome importante do jornalismo, Mauro Mota foi diretor do Diário de Pernambuco, mas também construiu carreira como poeta, tornando-se autor de composições como Canto ao Meio e Elegias. O reconhecimento às criações de Mota permitiu ao autor ser indicado à Academia Brasileira de Letras.
Onde: Praça do Sebo, Santo Antônio
CRÉDTIO: Paulo Lopes
Clarice Lispector nasceu na Ucrânia, se naturalizou brasileira e passou boa parte de sua infância no Recife. A escritora e também jornalista foi a autora de obras célebres como A Hora da Estrela e Laços de Família. Até os dias atuais, os clássicos de Lispector se mantêm vivos.
Onde: Praça Maciel Pinheiro, Boa Vista
Para saber mais:
Prefeitura do Recife www.recife.pe.gov.br