Com certeza quem gosta de vinho, em especial dos vinhos portugueses, já deve ter experimentado algum da região do Tejo, principalmente quem busca conhecer mais sobre vinícolas, castas, regiões e produtores, assunto que o consumidor brasileiro mostra interesse cada vez mais, tanto que a Comissão Vitivinícola da Região do Tejo (CVR Tejo) promoveu várias ações esse ano no Brasil, de formação e muita degustação de vinho do Tejo para profissionais da área e consumidor final. Provas de vinhos de várias vinícolas da região. Ações que instigam o turista a conhecer mais sobre o destino do qual o vinho é produzido. E o Tejo é o destino perfeito para essa experiência e tem várias atrações para o enoturismo. Confira:
História
O rio Tejo que dá nome à região, é o mais longo da Península Ibérica, situado no centro de Portugal. Além de ser uma das mais importantes belezas naturais da região, contribui de forma decisiva para o terroir e é influenciador do perfil dos vinhos por lá produzidos. Influencia até mesmo na gastronomia local, rica de pratos preparados com lampreia e sável (uma espécie de peixe), além de receitas com carne de cabrito. Culinária que acompanha bem os vinhos produzidos da região, tanto que o Tejo está ligado à produção de vinhos desde 2000 a.C.. E é uma das principais e mais antigas regiões vitivinícolas de Portugal, felizmente dispondo de uma infinidade de rótulos no mercado brasileiro.
Tejo Wine Route
A uma curta distância de Lisboa, encontra-se a Rota dos Vinhos do Tejo, plena de encantos. Aqui há touros e cavalos, mas também castelos, mosteiros e igrejas que falam de história, cidades e vilas que foram paços reais e que definem a identidade dos portugueses.
Destaque para a Tejo Wine Route 118 – projeto de enoturismo criado em 2021 pela CVR Tejo, com o apoio da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, para promoção do território e dos vinhos da região.
Uma rota com cerca de 150 km, que atravessa a região dos Vinhos do Tejo, na margem esquerda do rio, ao longo de sete concelhos: Abrantes, Cosntância, Chamusca, Alpiarça, Almeirim, Salvattera de Magos e Benavente. São 14 os produtores de Vinhos do Tejo com portas abertas, para a visitação e provas, sendo possível também participar da vindima, pisa de uvas com os pés e colheita de azeitona (as que produzem azeite). Obrigatório reservar antecipadamente, garantindo disponibilidade ao melhor preço.
Outros encantos
Na Rota dos Vinhos do Tejo há também passeios a cavalo, de charrete nas vinhas, festivais musicais, piquenique à beira-rio, hospedagem e restaurantes. Aliás, a região ainda hoje se rege pela tradição da criação do cavalo Puro Sangue Lusitano. O Convento de Cristo de Tomar ou o estilo gótico predominante em Santarém, que tornam esta cidade num museu a céu aberto, são só dois dos seus atrativos patrimoniais. Para os amantes de natureza, há observação de aves e atividades outdoor.
Outro motivo de visita são as impressionantes salinas de Rio Maior, em plena macrozona do Bairro, em funcionamento desde 1177. Nesta zona a água do sub-solo fica 7 vezes mais concentrada que a água do mar, sob uma jazida gigantesca de sal-gema.
É também no Tejo, junto a Almeirim, que se encontra uma das mais dramáticas e lindas vinhas de Portugal: a Vinha do Convento da Serra, impressionando por estar plantada em solo de calhau rolado, com uma cobertura de 4 metros de profundidade, acumulados ali pelo rio há cerca milhares de anos. No Campo estão as famosas Lezírias, terras mais férteis que se concentram em torno do leito do rio.