Segundo uma reportagem do The New York Times, vai demorar mais de um ano para que os eventos culturais e esportivos voltem a acontecer normalmente. Embora a matéria mantenha o foco em eventos para os Estados Unidos, esse é mesmo o panorama geral do Brasil e do restante do mundo.
Para os especialistas que foram entrevistados na matéria, é realmente difícil especular quando as coisas podem voltar ao normal. Porém, mesmo que grande parte dos eventos que aconteceriam neste primeiro semestre de 2020 tenha sido remarcada ainda para o fim deste ano, essa não deve ser a realidade que será vista no país.
Falando especificamente sobre os eventos culturais e esportivos, o bioeticista daCenter For American Progress, Zeke Emanuel, diz que eles devem ser os últimos a voltarem ao normal. “O reinício da economia deve ser feito em etapas e precisa começar com mais distanciamento físico nos locais de trabalho, permitindo que as pessoas com menor risco retornem”, ele explica. “Reuniões maiores, como conferências, shows e eventos esportivos, poderão ser reagendados a partir de outubro de 2020. Mas não tenho ideia de como elas acham que essa é uma possibilidade plausível. Eu acho que essas coisas serão as últimas a voltar”.
Muitos shows e festivais escolheram datas para depois de setembro, como é o caso do Coachella, um dos maiores festivais de música do mundo. Originalmente, ele aconteceria em abril, mas foi remarcado para outubro. No Brasil, o Lollapalooza seguiu o mesmo caminho, colocando a edição para acontecer em dezembro. Para Zeke, no entanto, isso é difícil. “Realisticamente, estamos falando do outono [segundo semestre] de 2021, no mínimo”, diz o especialista.
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