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Sorvete (sem firula) é bom e eu gosto!

Sorvete (sem firula) é bom e eu gosto!

Uma das coisas boas de se morar num país tropical, sem dúvida, é ter lugares com clima é propício para degustar um refrescante e gostoso sorvete, ao longo de todos os meses do ano. Vou confessar que sou dessas que toma sorvete até no inverno europeu, mas vamos combinar que sorvete e calor dão match, né? Obviamente, com a onda gourmet que assola o nosso país, as sorveterias estão cada vez mais pomposas e poliglotas, até os picolés – que agora atendem por paletas – estão falando espanhol. Que coisa!
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Frutas brasileiras incrementam cardápio de sorveterias nacionais

Enquanto surge uma gelateria a cada esquina, as tradicionais sorveterias brasileiras seguem seus caminhos focadas na tradição e expertise de quem faz sorvete há mais de 50 anos. Com uma clientela cativa e um produto de alta qualidade, algumas marcas extrapolaram os limites dos seus Estados e colocaram seus nomes na boca do povo. É o caso da deliciosa Cairu, de Belém, no Pará, para o mundo, que fez o país experimentar sabores, antes, inimagináveis. Esqueça o trio morango-chocolate-creme, lá a brincadeira começa com castanha do Pará – sensacional, aliás –, segue para tapioca, passa por cupuaçu e chega ao açaí, além de uma infinidade de opções tradicionais da região norte.
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Sorveteria da Ribeira está a todo vapor em Salvador, desde 1931

Descendo um pouco mais no mapa do Brasil, chegamos à tradicional e pernambucana Fri-Sabor que, para atender à demanda “gourmet”, se reinventou, mas continua nos brindando com os deliciosos sabores do nordeste: acerola, cajá, graviola e mangaba. A Sorveteria da Ribeira, em Salvador, se orgulha de até hoje selecionar de descascar suas frutas manualmente. A sorveteria baiana serve suas delícias todos os dias, das nove da manhã às dez da noite, desde de 1931. Já a parada obrigatória numa viagem a Natal, no Rio Grande do Norte, fica por conta da Sorveteria Tropical, também focada em sabores típicos nordestinos. Passaria mais uns bons parágrafos citando endereços tradicionais Brasil adentro, contudo, só para constar: 50 Sabores, Fortaleza; Cubana, Salvador; São Domingos, Belo Horizonte; A Formiga, Curitiba; Sorveteria Bali, Maceió.

A gente até pode dar uma pulada de cerca e ir atrás de um Pistacchio da vida, cobiçar um Nocciola, se engraçar com um Amaretto. Mas, convenhamos, o coração bate mais forte mesmo quando a gente pede o sabor sem ter muito trabalho. Me vê um de coco, por favor?!


Rapha Aretakis é travel writer e criadora do Raphanomundo. Recifense, acredita que o mundo é muito grande para continuar parada no mesmo lugar. Hoje vive em Curitiba após temporadas em Stuttgart, Berlim e São Paulo. www.raphanomundo.com

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